sexta-feira, 17 de abril de 2009

Uso do rádio na religião

Uma das grandes problemáticas enfrentadas pelo rádio do país é a presença de emissoras controladas por entidades ou seitas religiosas. Na maioria dos casos, a presença de religiosos controlando as emissoras de rádio tem sido nociva para a transmissão de uma comunicação transparente. E a partir disto, o rádio AM foi seriamente abalado, embora as FM’s também sejam bastante vulneráveis a esse comércio da fé cristã.

Antigamente, em meados da década de 40, a religião católica usava o rádio como forma de se comunicar com os fiéis. Em vários casos, chegava a transmitir programação não-religiosa no horário comercial, enquanto horários como a manhã e domingos, eram reservados para programação religiosa.

A partir do “Bummm” do governo Collor de Mello, que esboçou o poder do rádio brasileiro, estimulou a invasão de seitas religiosas das mais duvidosas em emissoras de pequeno à grande porte de rádio AM. Inúmeros pregadores sem o menor talento para o rádio passaram a dominar os microfones. Textos com uma linguagem irregular, programas que se limitam a mostrar supostos sofredores que aparentemente venceram na vida por causa de tal fé religiosa, além da divulgação de cantores das músicas ditas "de louvor".

Segundo informações da Revista Época, a Igreja Renascer detém de 17 emissoras de rádio controladas pela família Hernandes, além de um canal de TV. O apóstolo Estevam Hernandes Filho, e sua mulher, a bispa Sonia, cometeram diversas irregularidades e crimes, como: falsidade ideológica, estelionato, fraude fiscal e até formação de quadrilha. Vale lembrar ainda que todo ano a igreja organiza uma Marcha para Jesus, onde reúne mais de 400 mil evangélicos em São Paulo.

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